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terça-feira, 7 de julho de 2015

Assombrações no Pacaembu

O Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, o “Pacaembu”, foi inaugurado no dia 27 de abril de 1940, portanto já se passaram 75 anos. Nesse tempo todo, é incontável o número de pessoas de todas as gerações que frequentaram suas arquibancadas e vivenciaram muitas histórias.

No gramado se apresentaram muitos dos grandes craques do futebol mundial. Foi uma das sedes da Copa do Mundo de 1950 e abrigou modalidades nos Jogos Pan-Americanos de 1963. Sem dúvida, trata-se de um grande patrimônio da cidade de São Paulo.

Em meio a tantas coisas notáveis que o estádio vislumbrou, pouca gente sabe das histórias sobrenaturais que por lá ocorrem, e que foram reveladas pelo funcionário Florentino Ribas de Lima, o “Seu Flor”, que 35 anos vive o dia-a-dia do estádio.

Ele conta que quando havia um alojamento, no local onde hoje se encontra o “Museu do Futebol”, por várias vezes viu a porta abrir e bater sozinha. E nas madrugadas enxergava  ua pessoa deitada em uma cama perto da porta. Levantava assustado e aquilo desaparecia, deixando uma sensação de muito medo.

Essa pessoa conta “Seu Flor”, vestia uma roupa branca, abria e fechava a porta com chave, inclusive, e depois deitava na cama. Outras vezes era um homem que usava chapéu, daqueles de modelo antigo, que aparecia de roupa escura, também. Nunca era o mesmo rosto. Ele deitava, esticava os pés e colocava o sapato na beirada da cama.

A pessoa não falava nada. Só ficava deitada lá, quieta no canto dela. Aí, se acendia a luz, pronto, ele sumia. Era questão de segundos. Isso era frequente acontecer desde 1995, mais ou menos. O pior é que quando “Seu Flor” comentava com os colegas, ninguém acreditava nele, achando que era brincadeira.

O funcionário acredita que a visão possa ser de um amigo que trabalhou mais de 20 anos como zelador do alojamento, e gostava muito de lá. E acha que mesmo depois de morto, ele não quer mais que fazer uma companhia, mas dá muito medo. Embora tenha um senão, o amigo zelador não fazia questão de ser lá muito amistoso.

Se o “Seu Flor” saía para ir ao banheiro, ou arrumar qualquer coisa do lado de fora, a porta batia com ele lá dentro, e quando olhava para trás ela abria sozinha de novo. Isso só acontecia quando ele estava sozinho.

Não tinha nada o que fazer. Só ficava apavorado. O corpo arrepiava todo. Para “Seu Flor” a melhor coisa que aconteceu foi a derrubada daquele alojamento para construir o Museu.

Mesmo vivendo constantemente momentos de medo, “Seu Flor” conta que não tinha outro jeito, precisava cumprir a obrigação de cuidar do espaço nas madrugadas em que estava de plantão.

As visões de seu Florentino Ribas, entretanto, acabaram desde quando o Museu do Futebol foi construído: “Nunca mais vi nada”, finalizou.

O velho funcionário do Pacaembu, não é lembrado apenas por suas histórias de assombrações no Estádio. Por ocasião da Copa do Mundo no Brasil, a Liberty Seguros, em parceria com a revista “Placar”, realizou uma campanha contando as histórias de seis personagens que, mesmo no anonimato, também foram responsáveis por contribuir com a realização do maior evento esportivo do planeta.

O primeiro vídeo foi lançado junto à edição de novembro de 2012 da revista esportiva. Os demais foram lançados mensalmente, até abril de 2013.

Quem abriu a série foi Florentino Ribas de Lima, mais conhecido como “Seu Flor”. No Pacaembu, o senhor de 68 anos é conhecido como o “faz-tudo”, trabalhando como aparador de grama e até de gandula.


A história dele pode ser vista na página da Liberty Seguros no YouTube. A Liberty foi a seguradora oficial da Copa do Mundo da FIFA 2014. (Pesquisa: Nilo Dias)

O Estádio Municipal do Pacaembu é mal assombrado. (Foto: Divulgação)

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