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sábado, 29 de julho de 2017

A morte continua presente no futebol brasileio

E continua a onda de morte de ex-jogadores brasileiros de futebol. Depois de Waldir Peres e Max, foi a vez de Perivaldo, que teve seu grande momento na carreira, jogando na lateral esquerda do Botafogo, do Rio de Janeiro, entre 1977 e 1982.

Perivaldo morreu na madrugada da última quinta-feira (27), vitimado por uma pneumonia. O ex-jogador, de 64 anos, também chamado de “Peri da Pituba”, estava internado com problemas pulmonares há uma semana no Hospital Universitário Gafrée Guinle, no bairro da Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro.

Com a saúde bastante debilitada, Perivaldo não reagiu aos medicamentos e acabou falecendo.

O Botafogo, onde Perivaldo marcou época, decretou luto e homenageará seu ex-atleta com um minuto de silêncio no jogo de hoje, contra o São Paulo, no Estádio Nilton Santos. Em nota a direção do alvi-negro se solidarizou com familiares e amigos neste momento difícil.

Perivaldo era baiano de Itabuna, nscido em 12 de junho de 1953, tendo começado a carreira no clube de sua cidade e depois se transferiu para o Bahia, nos anos 70. Sem espaço na equipe baiana foi emprestado ao Ferroviário-CE, onde se destacou.

Na volta a Salvador acabou ganhando a condição de titular Em 1976, pelo tricolor baiano e 1981, pelo Botafogo, conquistou a “Bola de Prata” como o melhor lateral-direito do Campeonato Brasileiro.

Perivaldo marcou época no Botafogo, na época em que o clube tinha jogadores do nível de Mendonça, Dé e Paulo Cesar Caju. Era um jogador vigoroso, que sabia apoiar muito bem.

Foi no “Glorioso” que viveu o melhor momento de sua carreira, sendo, inclusive, convocado pelo técnico Telê Santana para a Seleção Brasileira de 1982, que tinha no time Falcão, Zico e Sócrates. Disputou vaga com Leandro e Edevaldo

Ele também acumulou passagens por Palmeiras, São Paulo, Bangu e Yukong Elephants, da Coreia do Sul, onde encerrou a carreira.

Após pendurar as chuteiras, Perivaldo passou por um forte drama. Recentemente, estava morando na rua, em Lisboa, Portugal, como mendigo.

Depois de uma matéria divulgada pelo programa “Fantástico”, da Rede Globo, em 2013, o Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro (Saferj) se mobilizou e, por iniciativa do presidente Alfredo Sampaio, ajudou a trazer o ex-jogador de volta para o Rio de Janeiro, oferecendo trabalho a ele.

O "Peri da Pituba", que declarou à época ter ganho uma "chance da vida", morou nos seus últimos anos de vida em uma casa no bairro da Tijuca, na Zona Norte do Rio de Janeiro. (Pesquisa: Nilo Dias)


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